quarta-feira, 10 de março de 2010

É rosa, mas é nome de flor...

Por Rosa Amélia
Primeiro dia de trabalho no Instituo Federal do Norte de Minas - Campus Arinos, ainda não conhecia nenhum colega de trabalho e, como não podia ser diferente, comigo sempre acontece algo inusitado, hilário. Essas coisas só acontecem comigo e eu sempre me divirto contando, (re)contando e floreando para que o caso se torne mais engraçado.
Cheguei ao Instituto depois do almoço, a pedagoga, muito gentil, solicitou-me se eu poderia selecionar algumas questões interdisciplinares. Sentei em frente ao computador e fui ler provas de vestibulares das grandes instituições no intuito de selecionar as questões. Já tinha sido apresentada à maioria dos professores - colegas de trabalho, mas aquela apresentação rápida que não é o suficiente para gravar nomes.
Durante essa tarefa de selecionar questões, um colega de trabalho, a quem chamarei aqui de Bueno, por uma questão ética e profissional, sentou-se ao meu lado, abriu seu laptop e ficou ali realizando algumas atividades, começamos a conversar. Trabalhávamos e conversávamos frivolidades.
Entre tantas, perguntou-me de onde tinha vindo. Respondi: "Sou mineira, mas, há 12 anos, moro em Brasília e estou vindo de lá.
Assim, ele me contou de sua namorada em Brasília, que morava em Belo Horizonte e havia se mudado para a capital federal para ficar mais próximo dele. Mesmo assim, ele terminaria o namoro, porque estava se sentindo distante dela e blá blá blá, blá...
Depois de muito explicar, eu o parabenizei, e justifiquei dizendo que não era comum o homem terminar uma relação, geralmente ele provoca o término, mas quase sempre é a mulher quem termina o relacionamento. Fato com o qual ele discordou e assim travamos o seguinte diálogo, que me provocou, depois, inúmeras risadas.
Depois da minha justificativa, ele disse, incisivamente:-Não, não é sempre assim, eu costumo terminar os meus relacionamentos, quando não quero continuar, eu termino, não espero a mulher terminar não.
-Parabéns, Bueno, parabéns, essa atitude é muito incomum entre os homens, pelo menos considerando as minhas experiências.
- Ah, não, eu não, eu termino. Uma vez terminei com uma namorada por causa do nome dela.
- É mesmo!!?? Eu disse.
- Sim, ela tinha o nome muito feio. Não gostava do nome dela. Retrucou ele.
Devia ter ficado calada, mas a pergunta não quis calar:
- E qual era o nome dela?
Ao que ele em respondeu:
- Rosa, Rosa Dália!!!
- Rosadália é nome de flor, eu disse.
- Isso lá é nome de gente? Ele redarguiu.
Eu? Quase explodi de vontade de dar uma risada, mas segurei. Eu questionei o fato, "só por causa do nome dela?", ao que ele disse, entre outras, que eles não tinham o mesmo gosto relativos a programas de tv.
Assim, continuamos o nosso blá blá blá, por mais uns 5 minuto e, de repente, veio um silênico.
Subitamente, como tivesse reconhecido que poderia ter cometido uma gafe, ele vira para mim e pergunta:
- Qual é o seu nome mesmo?
Eu, com esse meu jeitinho carinhoso que todo mundo já conhece (rsrssrsrsr), não poderia dizer outra coisa, né?
- Rosa, Rosa Amélia, Rosamélia também é nome de flor.
Ao ouvir a minha resposta, ele engoliu a seco e ficou muito sem graça, muito sem graça mesmo. E
eu? Tive que me segurar para não rir da cara dele.
Às vezes, a gente dá cada bandeira...

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu adoro seu nome, e com certeza vc é muito mais Rosa que Amélia.

Beijos!

Thaís Cavalcanti disse...

Ótima crônica, Rosa. Deve ter sido uma conversa interessante...rsrs