Sou sertaneja. Meu coração é do sertão. Hoje estou andarilha
pelo mundo, conhecendo outras paragens; mas o de que eu gosto mesmo é do
sertão, é da mata, das veredas, do cerrado, dos bichos, todos eles. Acredito
que tenho muito a aprender, busco... constantemente. A travessia pelo Sertão será
mais um passo nesse caminhar em busca de entender esse mundo, as nossas lutas,
as nossas necessidades humanas... Conheço o Sertão das veredas... Desejo
ampliar a minha perspectiva sertaneja e conhecer os Sertões do mundo.
O Sertão que mora em mim é desejoso de se integrar a outros
sertões do mundo. O Ser tão que mora em mim não é mais o meu sertão, senão o
sertão do outro. Conhecer o sertão do outro é conhecer a mim mesma e continuar
nessa busca em torno do entendimento da Poesia Concreta que é o grande sertão
ou os sertões. Os grandes sertões e as pequenas veredas são uma manifestação
completa e complementar do cosmo poeticamente, na sua diversidade mais linda,
tudo isso imagino.
Desejo conhecer mais esse mundo sertanejo, mergulhar na sua
cultura, contribuir para o empoderamento das pessoas que nele vivem. Quero ser,
ao menos, uma fagulha de sensibilidade para aqueles que olham o sertão e não
veem a beleza poética extraordinária que o compõe. Precisamos lutar pelo
sertão, para que ele continue sendo essencial na cultura nacional e para que ele
se torne poesia aos olhos de quem não o vê poeticamente. Desejo participar
dessa luta em benefício do sertão e em benefício de mim mesma. O sertão é
lindo... o sertão é poesia. O sertão somos nós.
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